terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O Deus em quem é dificil crer

Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos e inescrutáveis os seus caminhos! Rm 11.33

Se Deus fosse como nós, se Ele fosse humano, porém maior do que nós, seria bem mais fácil crer nele. Se Deus fosse visível aos olhos humanos, audível aos ouvidos humanos e palpável às mãos humanas, seria bem mais fácil crer nele. Se Deus tivesse começo como nós temos, seria bem mais fácil crer nele. Se Deus fosse de carne e osso como nós somos, seria bem mais fácil crer nele. Mas um Deus assim diminuído, do nosso tamanho, igual a nós, não nos atrairia, não nos faria dobrar os joelhos em contemplação e adoração, nem seria objeto de nossas orações de ações de graça, extravasamento, confissão e súplicas. Seria um Deus pobre, limitado no espaço e no tempo, contestado, desafiado, desrespeitado e derrubável.

É preferível ter um Deus em quem é mais difícil crer a um Deus medido e pesado. É preferível ter um Deus em quem é mais difícil crer a um Deus cuja voz pudesse ser gravada e cujos passos pudessem ser filmados. É preferível ter um Deus em quem é difícil crer a um Deus que precisasse de outro Deus, anterior a Ele, para colocá-lo no palco da vida. É preferível ter um Deus em quem é difícil crer a um Deus que dependesse de comícios e “santinhos” para ser eleito pelas massas. É preferível ter um Deus em quem é difícil crer que nos faça semelhantes a Ele a um Deus que fosse semelhante a nós. É preferível ter um Deus absolutamente santo e em quem é difícil crer a um Deus solto e condescendente com o pecado. É preferível ter um Deus absolutamente justo e em quem é difícil crer a um Deus que penda para o lado dos arrogantes, blasfemadores e escandalosos.

O Deus em quem é difícil crer é insondável em sua plenitude, impenetrável em seus caminhos e incontável em seus feitos (Rm 11.33). O Deus em quem é difícil crer é maravilhoso demais, majestoso demais e glorioso demais. O amor do Deus difícil de entender excede todo conhecimento, tem uma largura enorme, altura enorme, comprimento enorme e profundidade enorme (Ef 3.18,19). As misericórdias do Deus difícil de entender são inesgotáveis, renovam-se cada manhã (Lm 3.22,23). O Deus em quem é difícil crer não é um Deus terráqueo, mas um Deus que governa todo o universo, todo o espaço, todo o tempo, todos os poderes, todas as coisas, todo o visível e todo o invisível.

O abismo entre o maravilhoso conhecimento que Deus tem do homem e o miserável conhecimento que o homem tem de Deus diminuiu sensivelmente quando Deus enviou o seu Filho ao mundo. Ele veio para ser a imagem visível do Deus invisível (Cl 1.15), para ser “Deus Conosco” (Emanuel), e não mais o Deus inaproximável (Mt 1.23), e para nos abrir, pelo sacrifício do seu corpo, as cortinas do Santo dos Santos (Hb 10.12)!
Fonte: Revista Ultimato - edição 292/2005 - Seções — Abertura
http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/292/o-deus-em-quem-e-dificil-crer

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